A porcentagem de etanol na gasolina é um tema que está sempre em fluxo, sujeito a alterações governamentais e variações no mercado. Hoje, o governo estipula que a mistura pode variar entre 27% e 18%, mas dificilmente você encontrará gasolina nos postos com apenas 18% de etanol.
Ao longo dos anos, essa porcentagem tem oscilado. Há pouco mais de uma década, podia variar entre 20% e 25%, e em décadas anteriores, era ainda menor.
Desde 1976, quando o governo tornou obrigatória a mistura de etanol anidro à gasolina, com um mínimo de 10% de etanol, houve uma evolução significativa. O etanol anidro, diferente do hidratado que abastecemos nos postos, não contém água e tem sido parte integrante do combustível fóssil.
Em 1993, a porcentagem mínima subiu para 22%, em 2003 variava entre 20% e 25%, em 2007 o mínimo foi para 25% e em 2015 chegou a 27%.
Essas mudanças na mistura podem impactar o consumo dos veículos movidos apenas a gasolina. Apesar de não alterar drasticamente o funcionamento do motor, é comprovado que quanto maior a porcentagem de etanol na gasolina, maior será o consumo.
Isso se deve ao poder calorífico do etanol, que é cerca de 30% menor que o da gasolina. Enquanto a gasolina tem um poder calorífico de 32,24 MJ/l, o etanol conta com 22,36 MJ/l.
Além disso, os preços do etanol anidro e hidratado estão em constante mudança devido a fatores como oferta, demanda, safra da cana-de-açúcar e custos de produção. Essa volatilidade exige que os motoristas estejam atentos para escolher a opção mais econômica na hora de abastecer.
Portanto, compreender essas variações na mistura de etanol na gasolina é essencial para os consumidores, influenciando tanto no consumo dos veículos quanto nos preços praticados nos postos de combustível.